Páginas

terça-feira, 10 de maio de 2011

O pior da minha dor é que ninguém a justifica,
dizem-me que não foi certo e só.
a cicatriz da mordida muitas vezes arde,
por saber que prendi por acaso, sem propósito.
E depois de me revelado o motivo.
minha vontade foi de cuspir todo lodo que engoli,
eu engoli o mundo, e me rasgou a garganta.
as marcas que carrego são vulgares
eu estava no lugar errado, na hora errada.
e achei que engolir fosse o único modo
o sangue ferveu, a língua enrolou.
mastiguei todo o suor que carreguei até lá.
consegui minimizar uma leveza
que não alcança as marcas de mordida
maior das minhas perdas,
uma por vez, as vezes foram tantas
cada casualidade, predestina.
cada gota cala.
e a explicação, julga.

Mais

domingo, 8 de maio de 2011

Um dia ela vai saber que eu sopro ela em mim, todos os dias, como se ela estivesse comigo. E existisse fora dos meus olhos.