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sábado, 23 de julho de 2011

Com o diabo nos detalhes.


Eu perco boa parte do meu tempo, com esses malditos detalhes, tentando tirar o mal das coisas, de todas as coisas que toco. Perdi parte da minha vida, tentando me abster do pecado, ele me move tão lento, e me sinto culpada a maioria do tempo. Estava fugindo de casa, pra tentar fugir dos meus erros, tentar me livrar das magoas que via naquelas lembranças. Aquela musica, sempre me trouxe coisas aterrorizantes. Não adianta fugir dos meus demónios, nem das palavras dos outros; não deve ser tão ruim morrer sozinha. O mal sempre estará onde eu estou.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sempre que te sufoquei; não queria respirar, só queria ter alguém, só queria ter.





Nenê Altro & o Mal de Caim, O Lado Errado.

Coroa de flores


Eu precisava de amor, agora olha o que ele me obrigou a fazer, esta morto.
Não sou um monstro, não sou herói. Cruzar essa linha custa de mais, não há lucro, não há perda.
Comecei com era uma vez, e terminou no fim da rua, quando vi ela entrar no ónibus. Então tomei minha decisão, dela as coisas fluíram de gole a gole, os tempos chegaram, e não suporto esse tempo.
Não sei se já passaram meses, ela me deixou aqui sem saber o que fazer; a morte me traiu, me acusou de coisas que não conhecia, que fiz sem saber que fiz. E me traiu dizendo que era ela e só, mas estamos aqui entre a terra e o pó. Não confio nos meus olhos fechados, não confio na minha carne e unha que dizem que acabou. As coisas ficaram mais difíceis, não era pra ser assim; minha carne doí. E minha mente arde, eu sinto tudo, eu sinto muito. Me disseram ser o fim e não acabou.
Sonhos, sinto falta de dormir, não sei mais se sou homem, se sou massa; não sei se o que penso é realmente real. Me disseram que se eu penso, existo, e não é isso que parece; não deveria existir mais, não deveria existir nada alem de tudo aquilo. Deixar de respirar era o preço que eu tinha que pagar, e agora; a escuridão tomou a forma da luz. Não me lembro de ter visto luz, não sei o que é noite, o branco e o preto. E dizem ser o fim. Dizem ser um começo; diziam que havia teto ou buraco, e não sei em que lugar eu estou.
Doeu tanto a vida toda, e agora; quanto dura a eternidade? Não sei se consegui, não sei se fracassei, se esse é o meu prémio ou minha punição, não sei se estou confuso ou lúcido:
Sem som, sem luz, sem treva, sem silencio, sinto falta do silencio. Sinto falta da vida, e da morte.
Se eu nunca nasci, não morro.

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os rascunhos. Abandono as coisas pela metade, minha cabeça doí.