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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Caos.

Não quero um amor pra sempre.
Pra sempre sempre acaba.
Quero amar nunca.
Nunca é infinito.
Nunca continua pela eternidade.
Eternamente jamais.
eu resolvi me matar aos poucos
bem lentamente
de pouquinho em pouquinho
pra no intervalo
de cada parte minha que morrer
 eu viver outras vidas
Eu tinha que escrever pra registrar.
Essa inquietação em mim, de pena e de ódio.
Essa inquietação minha, de vazio e de esgotamento. Preenchimento de cacos sujos e estopa, cortando a garganta.
Eu não sei se estou no caminho certo, se isso vai levar a algum lugar, se vou cair em terra fofa, ou se vou permanecer inquieta. Mastigando pregos pra depois culpar alguém. Culpar alguém por quem eu sou, culpar alguém por essa inquietação, culpar alguém pelos caquinhos. Vou acabar em caquinhos.
Eu queria ter mais coragem, ter mais certeza, mais força, pra aguentar o pior das consequências disso
disso e das outras coisas.
As consequências de uma vida inteira de ações imprevisíveis.e premeditadas.
Uma vida de falhas, de conclusões falhas e de dor. Explosões de dor furria, e remorso.
Tenho que registrar, que não cedi a pena.,a compaixão, à criatura que sofre escondida por medo de rejeição, a criatura que se revela só pelas frestas.
Não tive compaixão, e por isso estou aqui ainda, ainda suporto ver a criatura sofrer, inquieta.