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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Perto de você até o mundo consegue ser bom. Se você soubesse do poder que tem, mudaria mais que o meu mundo. E tudo seria bom, como estar ao seu lado.

Nosso amor vai bem alem da carne.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E ficamos frias minha irmã. Não percebemos a tempo e hoje seu olhar machuca, meu olhar machuca. Se nos tocássemos sentiríamos toda a dor juntas, novamente. E minha culpa não me deixaria ir embora.
A dor maior é de perder uma irmã, e no lugar ganhar novas feridas, que posso ver no teu olhar. Que ainda fere.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

.


Entre o corpo esquálido
E o cálice vazio,
Entre os lábios rachados,
Entre as cinzas do que
Restou de ti frente a teus medos,
Do que contarás para teus filhos.
Entre o espaço dos dias
Que nunca se vão e o olhar
Deprimido frente a televisão,
Trair tudo o que sentes se repete,
Quão mais tentes dizer
Saber que não há
Tantos motivos pra parar e
Tantos motivos pra dizer que não
Faz diferença estar bem.


Dorian, Dance of Days

- Ela disse que veio de um lugar proibido, onde ser gente era pecado, e caixinhas eram mantidas fechadas para que os presentes não fossem expostos. Os presentes tinha valor de caixa, de aparência. Lugar onde chorar era crime, mas não por todos serem felizes.
Ela nunca me explicou direito, só disse que tinha algo haver com o peso daquela quentura salgada, que rasgava o rosto, apagava a mascara, destruía tudo.
O tal lugar, foi fundado sem querer, quase que brincando sem saber quais as consequências. E acabou como estava, proibido.
A mascara dela já estava ruída, nada do que dissesse era valido. A pobre precisava de um papel que provava que o que ela dizia tinha sido dito antes dela, e confirmado! Se não, ela só era o que diziam. E até hoje dizem muita coisa.
Saiu de lá por uma portinha, e veio parar aqui na minha frente, não sei o que fazer com ela.
Talvez deva leva-la de volta. Não posso abandona-la mais do que já esta!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Minha mudança, muda mais que a mim mesma. E você só percebe quando é atingido!

Bilhete


Te abandonei de proposito. Acho que abandonar as coisas que gosto, as pessoas que gosto... me faz mais presente do que se eu estivesse ai do teu lado. Acredite, essas lacunas são até melhores que minha presença. As vezes nem me sinto fixa, de carne e osso. Mesmo tudo que importa estando.
O espaço vazio ao seu lado vai continuar sendo o melhor lugar do mundo, independente de onde você esteja. O mais engraçado disso tudo, é que quando nos encontramos estávamos sozinhos, e que talvez foi essa solidão que fez um desejar o outro cada vez mais. Se eu vou sem você, é por que você fica melhor aqui, o problema não esta no lugar, e sim em mim, sempre esteve. Acho que jamais me acostumarei com esse mundo. Espero que possamos construir um novo, só nosso, nesse espaço vazio que deixei a pouco. E que eu espero que você perdoe.
Portanto não pense que eu sumo porque não te quero por perto. Pelo contrario, tudo que eu quero é você, mas pra estar ao seu lado, eu preciso estar presente, por inteiro. Preciso me encontrar, estou indo em busca disso. Por enquanto te deixo novamente sozinho.
Com carinho, Uma Garota Perdida

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


De tudo aquilo, não sobrou mais do que eu. Estirada no chão, com cicatrizes em carne viva.
A febre as vezes volta.


Sem mais sintomas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010


As vezes começo pra provocar, e não termino apenas por sobrevivência. Só isso.



As vezes não compensa, muitas vezes não compensa.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


- O problema esta mesmo em você garota. Guardou essa historia com você porque quis. Não deveria dizer se acha que ninguém ouve, preocupe-se com o que você anda evitando, esses são seus problemas reais. Você sempre foi boa pra fingir, mas agora me responda: se não se importa com as consequências, porque sempre justifica seus atos?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Eu sei que um dia vou sentir muita falta disso. E neste dia beberei nostalgia, risadas sinceras e poses clichês. ;*

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Maldito seja o cansaço mental.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

- Eu não consigo parar de olhar pra ela...

... ela é muito feia.

Talvez ele leia incontroladamente os livros que odeia. Ouça musicas as quais acha insuportáveis. Amaldiçoando os compositores, desejando queimar as editoras. Talvez ele seja apenas um péssimo mentiroso. Ou ele é só mais um garoto intrigado.

domingo, 12 de setembro de 2010

E eu que sempre sonhei em voar, só queria sobreviver. Mas como não sabia o que ia acontecer, aproveitava e dançava no teto feito Fred Astaire.
E o mundo fazia sentido de pernas pro ar. E o mundo visto ao contrário parecia no lugar.







Quando Fui Fred Astaire - Jay Vaquer
Eu escrevo pra salvar a minha vida também, mas no meu caso. Sinto que se não escrever, alguém vai aparecer do nada, cortar minha cabeça. E dizer à todas as autoridades responsáveis que eu provoquei todo o mal do mundo. O que pode ser verdade.

Talvez meu mal-estar o compense de alguma forma. Se o objetivo foi me dar uma lição, tenho que confessar.
Não vejo moral alguma!

sábado, 11 de setembro de 2010

- Ei garota...


quem é você?

- Eu sou o exercício do meu egoísmo!

'-'

Por ter me acostumado as magoas, acabei superando mais depressa.
- Me abraça?!
- Ainda não quero!

Sem mais sintomas.
Tinha esquecido como era doce. Tentei esquecer aquelas imagens perturbadoras que pintaram com açúcar. E conseguiram fazer doce. Talvez esteja mesmo voltando ao normal. E sussurrar por este mel, faça parte de tudo isso.

Ciclo


E se essa insatisfação for eterna?
A ânsia, o embrulho do estômago, a amnésia ofegante. E se meus dias se resumirem a isso?
Se o medo continuar me prendendo ao passado, se meu futuro for insatisfeito?
Se tudo em mim for incompleto, se quando chegar onde eu quero, eu ainda precise de respostas?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Desabafo,


Diante de tantas historias narradas, por todo liquido absorvido.

{ palhaço }- Circo.

Piruetas, acrobacias, truques, magica.
Todo o espaço é cenário.


{ ela } - Nunca vi um espetáculo tão grande, tanta coisa presa sob um pano fino.

Quase transparente, a verdade dança entre a fumaça.

{ palhaço }- Quem foram os artistas da noite?

Um grito.

{Caixa } - Você não sabe ler? Não é isso que esta escrito. Ele não pode cegar você se você não quiser. Você sabe querer?

Silencio. Ela se enrola nas cobertas, mais gritos abafados, socos no travesseiro.

{ desistência } - O que você tem, por que você fez isso?

{Caixa } - O que eu fiz, você sabe ver?

{ desistência } - Eu não intendo você, Você não me deixa intender.

{Caixa } - Se você se esforçasse o bastante. Tudo que eu sou, deixo escrito.

{ desistência } - MIMO!

{Caixa } - Que se abram as cortinas! Não é agora que o show para.

As luzes se apagam.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Princesa Marina

Uma coisa simples.

Desde pequena ouvi que não seria grande coisa, criança mimada. Dizem que consigo até hoje as coisas com choro. Minhas lágrimas não devem ter nada haver com a minha infelicidade, detalhe.
Mas quando sou princesa nada importa, encontrei o que fazer enquanto sozinha. Nunca me explicaram as coisas direito, aprender sempre foi divertido, nunca consegui a definição exata mas chego perto. Ficam até melhores as minhas conclusões. Minha doença meio que me ajuda, sou boa em me virar sozinha, já que não consigo respirar acompanhada. Por negligência me admiro tanto, foi o abandono que me deu presentes, desta vez não me queixo. As vezes me perco em minhas ideias infantis, talvez não seja saudável, mas é divertido. Como quando invento historias, rio incontroladamente na ilusão de intende-las, aprender é divertido.
Fui criada por contos de fada, não lidos mas aquelas versões dançantes que exibem na TV aberta em datas como o Natal e Dia das Crianças , onde as princesas cantam e falam com os animais quando estão felizes. No qual o ponto máximo da historia era como a musica mudava todo o resto do mundo. Imagine só se toda garotinha, pensasse como eu quando pequena.
Naquela época ser feliz era cantar alto. Tão alto que os animais te acompanhavam e você era dona do mundo!

Não existe um reino tão bonito.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

.-.


Quem me dera apenas perder a crença, fui além. Desacreditei na minha falta de fé. E até minha pobreza é torturada.

Que não fuja do meu corpo o vazio que apodreceu em mim dês do nascimento, permaneci seca. A dor sugou minhas forças, marcou minha pele, cegou-me de tal forma, que esqueci a ultima coisa que vi. Não me enxergo em lugar algum. E para dizer a verdade, nem mesmo sei se ainda doí. Mas sinto alguma coisa do tipo. Se é que ainda é este o nome!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pertence a Mim I


A minha Tatah tem alguma coisa no olhar, que não me deixa fechar os olhos pro mundo. Só neste mundo existe a minha Tatah mas ela não pertence a ele, a minha tatah pertence a mim *-* E eu pertenço a tudo que é meu, incluindo a minha tatah. Ela ajuda a fazer este mundo existir! Sem ela nada existe. Sem ela nada pensa. rsrs
Eu idolatro a minha Tatah.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Se algum dia eu for alguma coisa, é porque em algum lugar alguém é menos do que eu.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Branco e nulo. |Ignore|

Já se passaram 9 dias, e ainda não retomei minha vida. Não a vida que sempre lamento, a impressão é de que não faz diferença, ainda estarei num suicídio em câmera lenta. Meus pensamentos sempre mandaram em mim, tudo que faço ou deixo de fazer é culpa deles e de um tempo pra cá, os coitados estão mais perdidos que o resto do conjunto.
E meu competente comandante, parece estar num sono eterno, onde prevalece um clarão branco, não de luz, mais de falta de cor. Nada entra nada sai.
Uns dias atrás, me veio o alfabeto inteiro na cabeça, tudo embaralhado, sem som pronunciável. Foi quando percebi que morri de novo. Esse ciclo não para.
A parte boa é que em cada pessoa que me torno, todas elas querem ser a anterior. Dai fica mais fácil acordar todos os dias, sabendo que sou quem eu quero. Mas não enquanto eu era.

E em tudo que tenho, tento colocar um pouco de equilíbrio. E na grande maioria das vezes só funciona pra mim.
- É, funciona.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dialogo

- Lhe comprarei um livro de auto-ajuda!
- Se pudesse ajudar a mim mesma, não precisaria de livros...
- Pelo menos tente enfrentar seus problemas, ao invés de se esconder entre ficções suas ou de quem quer que seja.
- À que você se refere quando diz " enfrentar ", enfrento meus problemas todos os dias.
- Esfaquear, matar, esquartejar e amputar!!

O homem mais sábio que já conheci!

sábado, 31 de julho de 2010


- Um pó magico, poderia passar um pouco dos problemas de uma coisa para outra.
Entre janelas que não abrem e portas que não fecham, esse tipo de coisa seria muito útil.
É hora de reforma.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

E agora vou ser quem eu quero, crescer sem a dor do conflito, sem a manipulação no choro, posso mover o desconforto. Me concentrar no meu gosto.
Igualando a frequência da maquina.
- Aposto com você e com quem quiser apostar. Meu único problema é não saber as palavras certas. Se as soubesse certamente diria tudo que precisa ser dito. E o mundo ficaria em silencio!

terça-feira, 20 de julho de 2010

- Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez.Talvez. Talvez. Talvez. Talvez.
- E as certezas?

Vicio.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Minha Tatah faz falta

Tem uma parte sedada no meu coração, mantenho ela adormecida, num sono profundo. Minhas reações não mudam devido a parte sedada, ela seria responsável pelas lagrimas e risos. Mas é melhor assim... Imagina se essa parte estivesse acordada e percebesse que um pedaço estava faltando. Seria cruel deixa-la perceber que você não esta aqui... e que não posso ser completa. Não com tanta distancia. Não vou deixar que meu coração perceba a sua ausência. É melhor assim!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não lembro da ultima prece que queimei, não me lembro.

sans titre

Uma dor sem dono
- Desmotivada até a dor.
Um coração doente de veneno próprio,
- Substancia involuntária, orgânica.
Amaldiçoo meu sistema nervoso.
- Animal desesperado!
Essa dor é minha, provocada...
- Um motivo pra dizer que doí.
…que todo mundo vê, todo mundo pode ouvir agora.
Não estou mais sozinha!
- Um conceito mais que particular.
Não preciso ser vista.
- A negação. Sem mais sintomas.

quinta-feira, 1 de julho de 2010


- Que a tranquilidade não te sufoque, criança. Seu erro foi se acostumar com aquilo! Talvez se desejasse a mudança, mudaria mais que o penteado e a maquiagem.

- Minha casca é adubo fresco, amanhã. Hoje sou apenas fruto, me deixa.

sábado, 26 de junho de 2010

Jamais me tornarei escrava do fim.

...

Tenho que lutar contra mim mesma pra sair do lugar, isso é doloroso. Não por comodismo, não sei se vai ficar nas palavras certas.
" É como se a força que me prende seja não só o medo, mas o mal estar de ir em frente. Dizem que bater na mesma tecla só vai causar as mesmas sensações, mas as pessoas mudam. Mesmo que o seu redor seja o mesmo, que sejam as mesmas situações... O que mais muda são as pessoas, e essa percepção do ar acaba mudando também, mesmo que eu puxe e solte o ar do mesmo modo que os anos passados, o jeito com que eu o absorvo também mudou. Talvez fosse crucial a mudança de estado naquela época, talvez fizesse diferença. Mas as vezes parece que se eu ir mais em frente, o ar vai ficar mais pesado do que já esta. Já me acostumei a fazer força pra respirar, já sei que se acontecer de novo, vai ser o mesmo lupe de pensamentos. Seria injusto me privar de saber das coias, de saber de mim. E tenho medo que o pior acabe, o fim é sempre pior, pior que qualquer coisa. "
E tudo parece tão forçado...

-


Fazia tempo que não participava de alguma coisa do tipo, mesmo sendo um garoto agressivo, aprendeu com o tempo que suas ações tem consequências, e as vezes as tais consequências não valem as ações, apesar da razão estar do seu lado.
O garoto era explosivo, bastava apenas olhar pra ele de um jeito que não fosse do seu agrado, que já se tornava uma questão de honra. Os nervos estavam sempre a flor da pele, as respostas na ponta da língua. Sobrava pra mãe, irmãs, tias, avós, pobres mulheres. O garoto não sabia o poder delas, eles tinham muito em comum, viviam com os nervos a flor da pele. Respostas na ponta da língua, nunca foram o bastante para elas, as palavras sempre foram questão de honra.

- Eu te amo seu estúpido!

Ai que os nervos não paravam quietos.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ainda é Verdade


Só uma semente parcialmente deteriorada, sabe o quanto dói apodrescer. Ainda mas se a solo esta seco, mal se pode respirar, mais tempo pedindo água, até para falhar é preciso combustível. Nada brota de um grão pela metade, nada.
Existem mas sementes do que árvores crescidas.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Conto: Mais uma parte do Futuro


Andava de cabeça baixa, ela, garota de poucas palavras, muda falante. Calava com os dentes os berros inevitáveis, coisa desnecessária, falava com os olhos, criança. Roía as unhas, nervosa, cheia, apaixonada. Brindava em tropeços, aos que bebem, aos que vivem, aos que querem, caiam! Mexia as pernas anoite, dançava. Guardava a sobrevivência pro dia, cantava. Fazia o que sempre faria, mutava. Era parada que andava, só no silencio, falava.

- Coisa de tempo garota, sua vida anda, um dia para, e não é só quando morre. Criança, cresceu. Cresça, e enquanto é tempo, perca-o sendo como fui, criança.

Ela, garota formada, não precisava de placa, sabia o sim e não. Tinhas sonhos, todos tem. Saberíamos, por cada um sozinho, uma palavra nova se eles se realizassem.

- Basta à mim, garota, ter o que me resta, conselhos descarto, fiz fogueira. Tua preocupação teria se quisesse, não sei por que ainda acha que preciso. Eu era a criança, sim, ela cresce. E seu conselho, mesmo verdadeiro, não surte efeito em quem te esquece. E se não te lembro do meu lado, é porque não estava. Não é hoje que vai estar, não merece.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

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Há horas em que falha minha memoria fotográfica,
As imagens não importam mais.
Figuras, borram-se em linhas. Transcendem,
Deslocam-se. Permanecem as marcas de poeira.
Matéria corrosiva.
É tudo sempre tão contraditório.
Falam uma coisa mais a verdade é outra,
Teimosia minha.

- Se você soubesse o quanto odeio essa palavra, mutilaria voluntariamente sua linguá, me faz mal suas boas intenções.

Todo o Mundo mente.
Se não mentem é porque não sabem o que dizem.
Meu silencio evita aborrecimentos.
Não começo gerras que não posso ganhar,
Nunca comecei uma guerra.
Perderia.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Perseguição

Foi tudo de proposito, você diz que nem percebeu, mais eu sei que foi, você ri de mim pelas costas. Tudo que aconteceu aquele dia, estava planejado com antecedência, foi manipulada até a direção do meu olhar, o ritmo da minha respiração. O balanço nervoso e descontrolado das minhas pernas já estava planejado.
- Ta com frio?
- Um pouco...
Como se você não esperasse aquele vento gelado naquela hora da noite, sem proteção alguma. Como se não contasse com o fato de seu corpo ser mais quente que o meu, você e suas palavras apropriadas.
Custo pensar, mas você disse primeiro; "O que faz parte de mim, não é só meu...", eu me esqueci, e você sabia. Disse essas palavras só pra me lembrar,preciso ser completa, e você me enga. Pena eu não ter percebido na hora a perversão de todos os seu gestos e olhares.
Sua mão em cima da minha foi a mais cruel das premeditações, somou minha carência com seus odiosos olhos azuis e pronto, cai apaixonada sem perceber o circo montado. Você me estudou por dias... Cada reação, faz aquilo pra adentrar minha alma. Arrumou o cenário, e mudou a energia do ambiente, foi compreensivo quando nem mesmo eu me compreendo, e usou isso pra chamar minha atenção.
Ah! Se não dependesse dos meus olhos, poderia ter percebido faz tempo. Essa perfeição fajuta do seu sorriso, o brilho apelativo dos seus olhos... Tudo muito falso.
- Você esta louca!
- Eu sei.
Época maldita, o chocolate triplica o preço!!
Pobre de mim...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

... E não termino nada!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Retomando textos esquecidos, relembro de pensamentos da época, como foi dura quela época. É espantoso perceber, que só trouxe as coisas boas dela.
Sim, coisas boas, eu acho.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Para se errar com classe o erro deve ser magnânimo, pois afinal, até para o erro existem expectativas... você sabe.
E como existem!
E ah, caro caríssimo, quem dera eu cometer o mais perfeito dos erros.
Ganhar no inverso da loteria.
Mover montanhas.
Quem dera eu ser o Maomé da falha, o Zeus do fracasso, o Alah do equívoco.
Seria estrela que vive no escuro sem brilhar, e aí sim minha loucura seria a mais sábia entre os homens."


Nenê Altro, Os Funerais do Coelho Branco

As vozes invadem a sala, não luto, não mais. Podem levar tudo, leva meu tesouro, leva. Só não me maltrata tanto...
Sabe, isso me tira um peso da garganta. Essas palavras que mantenho entaladas, faz-me vomitar uma a uma, mesmo que ninguém ouça.
Quando se calam as vozes é pior, não ouço nada alem da minha, rouca e gasta. E esse cheiro forte do vomito, acumulado no chão, no fundo do poço. Que continuem as vozes!
Meus pés são fortes, aguentam mais uma leva de suco gástrico. Os timbres únicos de cada uma formam um som tão revelador, que até destampo os ouvidos de vez em quando. Quando se vão essas vozes, ainda fica o cheiro, a imagem. Ainda fico eu aqui, ou o que resta depois da sua passagem, que é pior até do que a estadia.
As portas ficam abertas.

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Eu acho que senti uma pequena dor, meus punhos estão se tornando de carvão a diamantes. Porque ninguém me contou que era trabalhoso demais. Tudo iria dentro de uma tentativa.
- Oh, mas os sentimentos não são os mesmos! Como certas coisas que nunca mudam... Bem, ninguém é perfeito. E de qualquer jeito, eu bem sabia, eu pensei até minha cabeça doer, eu pensei nisso, mas isso apenas tornou as coisas piores. Então eu estava errada, o que eu poderia fazer... Sabia o tempo todo!




The Gossip - Coal To Diamonds

terça-feira, 1 de junho de 2010

Conheci alguém novo hoje, novo não, só desconhecido. É engraçado como se pode imaginar as coisas exatamente como são. Com todos os prós e contras, acertos. Fabular uma definição correta, é o que da a vontade de conhecer por profundo. Agora não só quero como pretendo visitar sua casa com frequência, aprender o que você tem a encimar. Ou apenas me divertir de devanear com suas inimagináveis formulas magicas. Aparição divina, cor de ouro.

Escada


- Minhas pernas tremem, ninguém sabe como é, subir escadas desse jeito é difícil. Descer é fácil, tem rampa, não permitem que quem vem de baixo tenha conforto, dai os degraus altos!Muros.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Seria eterno

Sempre que falta algo dentro de mim, a outra parte acaba pagando pelas duas. Meus pedaços são sensíveis, todos eles, até o pior deles chora, até o mais duro ama. É covardia exigir que eu esteja por inteiro. 'Todos os fracos juntos são mais fracos.'
Deveria te-los mantido separados, assim amariam uns aos outros.
Meu príncipe foi feito pelo vento
Causou-me um arrepio demorado
Encheu-me de ternura no momento
Mas nunca terei príncipe ao meu lado.






E ainda não cumpro promeças T.T

domingo, 30 de maio de 2010


- À quem deseja ser livre, as coisas acabam quando se tornam uma obrigação.
Acho que no meu caso até perdeu a graça terminar as coisas. As vezes tenho vontade de começar de novo, dês da ideia inicial. Remontar a casinha, depois de destruí-la com violência. Mas com a força presente em mim agora, não consigo provocar nem um rachadura.

sábado, 29 de maio de 2010

impulso


Lavarei minhas mãos, dar-lhe-ei as costas sem medo, sem me importar, sem querer voltar e nem ameaçar faze qualquer coisa do tipo. Os dias vam voltar a passar lentos, eu sei.

Glamour, me diz ser romance viver assim. Mas não sabe o quanto me faz estalar as memórias! ♪

Quero que me arranque de sua vida, tape seus olhos a minha presença. Faça, por mim, sofrimento já tinha antes, não me deixe desejar com todas as minhas forças, esse sofrimento que nasce de você.
Pensei que nunca seria capas de pensar em algo assim, achei que estava segura onde estava, fui alvo fácil. Desprotegida, me escondi onde você me queria, e você nem percebeu isso. Fez sem querer não foi?! Acho que nem tem ideia do sentimento que despertou em mim.
Já sei que muito do que vejo vem de mim, sei que esse seu charme pode ser só mais uma pitada que tento colocar nas coisas pra justificar o meu afeto. Talvez não haja mesmo nada em você, e tudo isso que vejo, é só mais uma justificativa.
Mas queria que você pensasse todas as vezes que chama minha atenção, mesmo quando não é sua intenção, que não são só seus sentimentos que importam. Não sou capaz de aguentar alguém em meus pensamentos, por mais benigno, ou frequente que seja sua presença neles.
E por mais que eu me arrependa por essas palavras, sei que sera um sofrimento a menos, saber que você também me ouve.
Amanhã dependendo da minha teimosia, talvez você não seja mais assunto principal da minha vida. Talvez amanhã, não mais durma e acorde, pensando na possibilidade disso ser real.
Não quero mais pensar, que na neblina vou ver teu sorriso me dizendo que esta tudo bem, não quero ter isso só em pensamento. Acabo com isso antes que me controle.

Sozinhas

Estamos sozinhas nesse mundo estranho.
O pior é que elas fazem do mundo estranho, pra poder dizer que se encaixam em algo.

http://numlugarestranho.blogspot.com/

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fraqueza


Covardemente digo que me acostumei, antes levava insatisfação nos pés, carregava na lama, todo o sangue que precisava pra lembrar, e me acostumei.
Por tanto evitar batalhas, as feridas que guardei das antigas foram somente disperdício. E agora olho no espelho e percebo que me acostumei com as sicatrizes. Percebo que todos aqueles dias perdidos, foram apenas mais dias, lagrimas, dores. Só mais uma parte, entre muitas que ainda viram. Porque me acostumei, envelheci e deixei na juventude o desespero da criança. Não nasce mais de mim nenhum desejo de vingança, e minha alma enfraquece quando todos os dias percebe que minha vontade, se foi com o desejo de mudança.
E agora, o mundo permanece como está, os temores se aglomeram, minha cabeça baixa, cai. Enquanto minhas desgraça não recusa o titulo de minha, ainda anda de mãos dadas comigo, ainda.

É tarde

Não dormi bem, passei a noite suspirando vontades, presenças. Ouvi seu nome a noite inteira.
Até meus olhos se encherem de lagrimas e com muito custo dormi. Demorei a dormir, foi um sono raso.
Sempre que o vento batia na janela, ou mexia as folhas das arvores era como se ouvisse seu nome de novo. E meus olhos se abriam por inteiro dentro daquela escuridão do quarto. Mais um motivo pra suspiros...
Há noites que não quero mais silencio, noites que não quero a noite. Dias até, que não quero nada! Já quis fugir, pra longe, rápido. Como se o vento fosse sopro, as cobertas teus braços quentes, talvez eu precise de mais do que isso. Mais do que essas vontades boas, que me invadem do nada, mais do que ser só apaixonada!
É cruel! Eu garota sozinha, ouvindo seu nome sozinha, sentindo teus braços sozinha, mas não posso te-lo enquanto só.
É cruel!
E você é o dono do meu mal humor. Pago por mim, pelos que amo, pago até por aqueles que odeio. Só pra dizer que sofro mais do que devia, só pra ter uma desculpa pra suspirar a noite, enquanto sozinha!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Isso passa


O mal que me obriga olhar um ponto fixo involuntariamente. Deveria fazer bem, e não intendo porque esta tudo ao contrario. As coisas do lado de dentro falam mais alto que qualquer imagem em volta. E não sei se por costume, já que não intendo nada, uma vontade de chorar. É uma péssima faze pra esse tipo de coisa.
Desejo agora, com todas as minhas forças que o final da historia que nunca contei, se concretize. E tudo não passe de um sonho... Sonhar é oque há de mais real no mundo, esse mundo não merece nada vindo de mim, nada. Mundos só existem em lugares distantes.
Sera que algum dia vai fazer sentido.
- Agora era fatal... ♪

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Mais uma vez


Como se repetir fosse necessário, só pra confirmar o que já foi dito. Se falo varias vezes as mesmas coisas é por que quero que as pessoas intendam da maneira que se deve.
As coisas tem essa mania irritante de mudar de significado dependendo do dono do olhar, e as vezes esse dono é tão irritante, ai acabo odiando o que digo, mesmo odiando repetir , e repetindo de um jeito diferente, é para facilitar o intendimento. As vezes o meu intendimento. Não é que ainda tem gente que vê do mesmo jeito, acho incrível isso, não sei se me parabenizo por conseguir falar uma única coisa de mil jeitos diferentes. Ou deva perguntar ao individuo se ele tem algum problema, então simplesmente mudar de assunto, deixando aquele de canto, apagar todos os vestígios de tais palavras mal explicadas. Talvez eu desista de explicar tanta coisa sem importância, sendo que a única que se importa sou eu, e as vezes nem isso. O intendimento das coisas depende da mente das pessoas, tem gente que vê menos cores que outros.
Ah, se fosse meu o mundo, coitadas das pessoas, não iam intender nada!

Conjunto


Por dias vivi esquecida, isso atrapalha. Não só o meu esquecimento como a insistência das pessoas que esqueço e as vezes querem voltar às minhas lembranças , não faço muito esforço pra esquecer, é quase que automático.
Esqueço as coisas mais essenciais da vida, dias até esqueci meu nome, não sabia quem eu era e voltei pra casa cansada de tanto procurar alguém que me conhecesse, nunca fui muito boa com nomes. Tanto que comecei a anotar quem eu sou!
Isso acaba sendo um mecanismo de defesa, forjei pra mim mesma um ralo na ponta da memoria, tudo de pequeno ou novo que tenta passar por ele cai e se perde, some. O ralo não tem filtro, é mais largo que a entrada e muitas vezes tropeço nele. Geralmente quando quero lembrar de algo, passo a informação por um outro caminho sem armadilhas, onde ela flutua até onde eu quero que fique. Mas ando tão sem vontade de nada! Nem sei realmente porque insisto em adquirir informações novas ou reaver antigas.
Esqueço mais nomes que qualquer outra coisa, é preciso um intervalo de meses ouvindo o mesmo, para fixar o nome no dono e dependendo do grau de importância do individuo, esqueço até o rosto. Ou as vezes só lembro do jeito, ou então de como ele tem uma risada estranha, do que eu disse e depois morri de rir, só guardo informações desimportantes.
Como que o nome do meu primeiro amor era muito excêntrico, rio quando lembro do fato deu não lembrar desse nome tão incomum. O olhar é que eu me lembro, nunca esqueço, vivo procurando aquele olhar. Talvez, da próxima vez que ouvir aquele nome, eu lembre de todo o resto das coisas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tente despertar do sonho escuro onde você se acomodou,um dia quero ouvir sua voz bem alto, e não ter que sentir pena! ~ ♪♫









Frankenstein Do Subúrbio, Luxúria

Atenciosidade .-.

- Guarde pra mais tarde suas flores regadas a culpa, mesmo depois delas não preciso de suas desculpas, mesmo implorando todos os dias. Talvez eu também tenha que me desculpar, deveria ter chorado antes na sua frente, polparia sua voz e meus sentimentos, quem sabe a culpa foi toda minha, quando sabia desde sedo que você não sabia oque estava fazendo. Se tivesse ignorado que você teve chances de fazer diferente, poderia ajuda-lo a corrigir seus erros. Agora temo ser tarde, já que chegamos a este ponto, onde desculpas não soam como deveriam e lagrimas não comovem. Pobre homem, não teve com quem aprender e não soube aprender sozinho , não se polpa da culpa de ser um mal pai. Sei agora de onde herdei minha covardia, arrependimentos hereditários que temo eu, levar aos meus filhos. Ao menos se ele soubesse a palavra chave!
Uma dança que eu pretendo terminar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Compasso


- Não, meu coração não bate!
As vezes ele fica parado em silencio, esperando que algo aconteça. Ele pode até fugir de meu corpo que eu só percebo, quando sinto a sua falta!
Ai ele bate descontrolado e quem foge dele sou eu!
Faz favor pra mim, segura forte meu coração, aperta?! É disso que ele esta precisando.

domingo, 16 de maio de 2010

Conto: Tuga II

Casas barulhentas e vazias não bastavam à Tuga, onde tinha som estava ela, dançando 24 horas por dia, sem preocupação nem culpa.
Alma penada, ao menos era alma e sabia o seu significado, era mais interior que exterior, mais profundidade que fundo do buraco! Tinha tato olfato e uma sensibilidade maior que ela mesma, como se sentisse a vibração do som a distancia, mesmo que só um ruido.

- Nunca, uma festa é alegre por inteiro!

E lá estava ela, com seus olhos coloridos, enormes e todo o resto preto e branco, cinza. Observava aqueles invisiveis, que mudam os nomes das festa, ou só empregam outro significado ao nome. Com todas as suas bitucas de cigarro, queimando seu interior e fingindo que não percebem, fingem que é só o cigarro que queima.

- Os solitários intendem que a solidão é tão preciosa quanto uma companhia importante. Alguns enquanto sozinhos até agem como acompanhados. Outros nem isso.

As vezes enquanto na festa, Tuga escandalosa, distante, convidava um ou dois para dançar, demoradas baladinhas radiofônicas. Algumas danças rápidas, minutos, horas, dias...Anos. Vezes até, a dança passa de pai pra filho, ou à família toda dependendo da habilidade na dança. Gerações que não terminam uma única dança, a musica muda, os pares se desfazem e a dança continua.
Rodopios e movimentos de mão. Dificuldade! Essas demoradas as mais bonitas, bem feitas, acabam sendo também as mais simples mesmo com as maiores dificuldades. Devido a demora, o numero de passos e a variedade de notas que estruturam a melodia, cada detalhe grita, toda linha tem um nome e numero de serie. Tipo de coisa que gruda na memoria e absorve o tempo como se a dança começasse aquele instante. E Tuga não se cansa jamais.

- Existem sons eternos!

sábado, 15 de maio de 2010

Fins

Finjo que o ar é mesmo leve
Carrego peso nas costas e mesmo cansada,
Acordei disposta... Sono sem sonho
Tempo prolongado. Olho pisca
O ar pesa
Eu canso
Paro

sexta-feira, 14 de maio de 2010

regresso :D

- E nem pude dizer " já volto" .
A ausência foi obrigatória, mas as vontades continuaram se agitando em meio aos dias. E delas cresceram ideias, e eu que pensava que dessas coisas não nasceriam nada.
Continuei, aqui estou!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

I'm so happy 'cause today I've found my friends, they're in my head...
I'm so ugly, but that's okay, 'cause so are you ,we broke our mirrors...~♪♫




Lithium , Nirvana

Compartimento

Eu ouço o barulho do vento na minha cabeça.
Nada parecido com assovio, esse parece dança.
Vai de um lado pro outro, como se quisesse chamar atenção
Não tenho atenção nem comigo.
Barulho bobo, não vai conseguir nada alem de mais um pedacinho solto!
Se ele agitar muito, acaba pisando em cima
esse pedaço é necessário
Um dos piores, mas sem ele nada se encaixa,
Sem ele fico incompleta.


HaHa .-.


Não sei o nome, é uma coisa que vem brusca mas pra meu desespero, vai tão lento, devagar, como o tempo em dias como esse. Pensei que era medo, aquele medo que nunca passa só dorme de vez em quando, um sono raso, qualquer barulho acorda, qualquer imagem agita, uma agitação cansativa.

- Ai, que cansaço!

Ela tem um olhar de deboche, não ouço oque ela diz, o olhar já basta. Me encara não sei porque, só pra ter o prazer de me ver mal, sera que ela presta tanta atenção assim? Acho que sim, parece. Devo ter medo? Aquelas pessoas coitadas... Só se sentem bem ao ver o outro mal, coitadas daquelas pessoas que só são a alegria delas!
As vezes fico curiosa pra saber, se o sorriso daquelas pessoas, faz alguém feliz alem delas mesmas. Sera que aquele sorriso debochado faz alguém sorrir?! Não deve valer muito um sorriso que faz mal e eu que pensava que era egoísta... Ainda tenho muito a aprender!
- Não, não sou nenhum tipo de retardada, meu único problema é pensar de mais, ainda não aprendi a pensar, ouvir e andar ao mesmo tempo! Dai você tira essas conclusões.. Ta bom, devo ser algum tipo de retardada!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

.

Muita gente acredita, que quem se descreve se limita.
Um dos meus motivos de orgulho é saber falar de mim com uma naturalidade única, o mesmo que respirar, me limito do jeito mais claro e belo que conciso, sempre, as vezes até me supero, quase sempre acabo fugindo de mim mesma. Acredito que se limitar seja uma arte, tudo que sou esta no que digo, ouço e leio. E assim eu me limito a todo o resto existente em mim. Acredito eu, que é melhor do que ser um buraco sem fundo, quando limitada posso ser oque desejar, colocar empenho no que quero ser , dai passo a ser tudo que limito.
Para haver transformação, necessita-se ser algo, ninguém tira magica do infinito, é extraído de um lugar limitado, um universo. E pensar que é preciso ser imenso ou indefinido pra ser profundo, é um pensamento no minimo... Minimo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

respostas..


- Mas, eu vou ficar sozinha?

- Sua solidão não é a questão aqui, existem horários, obrigações, sacrifícios a serem feitos. Seu futuro que esta em jogo!

- Terrei um futuro?

Conto:Tuga I


- Juntei muita coragem pra falar isso aqui ta bom?! Peço que escute com carrinho, desculpe se estou incomodando. Seja quem for, encare isso como um pedido de um filho, vim aqui pedir um favorzinho a quem estiver ouvindo.
Meu nome é Tuga, não sei direito quantos anos tenho, nem o nome da minha mãe ou pai, não me lembro nem do rosto deles. Nunca aprendi o que deveria,acho que meus pais nunca me quiseram, me abandonaram antes que eu pudesse enxergar direito, devia ser um fardo muito pesado e eles parecem ter ido tão longe, cansariam-se rápido se tivessem me levado. Desde então vago por um lugar sem nome, vivo de migalhas que mesmo me alimentando quase todos os dias, ainda cinto um vazio no estomago as vezes acho que sou um buraco sem fundo. Aprendi a me virar sozinha por essas ruas frias, é sempre tão frio aqui.
Queria saber se algum de vocês pode me ajudar a voltar pra casa, algum, qualquer um. Ouço sempre tantos nomes, tantas figuras importantes passam por esses meus olhos. Sempre imaginei que um de vocês tinha alguma coisa haver comigo, sempre que ouço alguns de seus nomes, sinto que cresço mais um pouquinho, assim como se eu ficasse mais velha, e ao mesmo tempo fica mais frio.
Me acostumei rápido com esses ventos, mesmo fortes me ajudam a dormir.
As vezes ouço um assovio de longe que parece um vento forte, mas quando chega é só uma brisa leve, ainda gelada.
Talvez se alguém pelo menos disse se quem eu sou, ou o motivo deu ter ficado aqui, poderia me ajudar em alguma coisa, qualquer coisa. Durante o tempo que estive aqui, tudo que queria era um pouco de atenção sabe?! Como se não me encarassem com a atenção necessária, só mais um pouquinho já me deixaria satisfeita, o suficiente pra acertarem meu nome. Já me chamaram de cada coisa... Mimika, Nestašica,Svjež, entre outros nomes que pertencem a outras pessoas. Bem que eu queria me chamar diferente, mas temo que só este descreva quem eu sou, o único que pode ligar qualquer coisa a mim. Acho que se fosse outro nome, essa conversa seria diferente.

domingo, 25 de abril de 2010

As vezes é ate cômico, o jeito como as coisas andam. Tenho sempre as mesmas certezas, as mesmas derrubadas em um dia tão pequeno, numa vida pouco usada. É cômico, como minha teimosia não me atrapalha o necessário, o bastante. O preciso, pra que eu mude imediatamente de ideia, e continuo com essas, mesmo sabendo que vão cair no final do dia.

Estrada



Parei numa curva cercada
Debaixo da arvore corcunda
Lá permaneci parada, respiração pesada
Como se andasse de domingo a segunda
Achei que se pensasse bastante
O suficiente pra ficar acordada
Quando parada andaria, mesmo que só um instante
Acabei no mesmo lugar jogada
Debaixo da escada aos pedaços
Acredito que fui poupada
Do impacto, feridas, estilhaços
Quando no fim só estava parada
Não vivi nem morri devagar
Só continuei sem nada.

E por mais fácil que pareça estar
Esperando que o tempo envelheça
Entre todos, o maior medo é ficar
Sem que mais nada aconteça


~ Tatah Best'a da Minha Vida
Quero sempre vc pra mim, pra sempre! E ai quando eu te ter comigo, vou ser feliz sem olhar pros lados.
Seremos felizes pra sempre, igual nas historias de magia, ai com tanta felicidade em nós duas, seremos eternas crianças num mundo todo preto e branco, onde nada mais existe alem de brisas e risadas.

sábado, 24 de abril de 2010

Não diga que é mentira, por favor não me deixe inquieta. Não me polpe de acreditar, deixe-me enquanto posso, enquanto quero esse sim. Descrenças já consigo sozinha. Fique quieto, finja que eu não espero nada. E continue assim, me fazendo acreditar em tudo, já é uma grande ajuda.

Um vem depois do outro


Prefiro pensar que é sincronia, não sei, talvez seja só impressão, prepotência. Mas prefiro pensar que é sincronia, e ignorar o fato deu me apaixonar por palavras, quando juntas mesmo separadas.
É mesmo sincronia.
Como aquela fala no filme que entra no momento certo, e se encaixa no espaço entre a imagem e a situação. Tantas possibilidades, muitas ruins, boas. Prefiro continuar acreditando ser sincronia, minhas crenças afastam os maus pensamentos, mesmo eles tendo tantas chances quanto os bons. Talvez até sonhemos com as mesmas coisas. E mesmo se for, acredito que depende do meu desejo de que seja, o resto não importa, é pura sincronia!
Não consigo, só e simplesmente isso. Sim eu tento até de mais, acredito. Mas no fim não consigo, ai odeio os finais, paro no meio e acabo não disendo tudo. E sempre tem mais alguma coisa. Pra onde vai tudo que resta, falta, sobra? Não vai e é esse o problema, fica aglomerado dentro de mim, e não consigo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

ARG

Queria um jeito de fincar meus sentimentos no chão, uma grade, gaiola, seja o que for. Só uma vez, não ver eles escaparem de mim. Numa hora um, outra outro, como se eles fossem tão indecisos quanto eu. Sem controle, disciplina ou qualquer coisa que determine hora e lugar pra aparecerem. Vem e vão sem controle como se fossem meus donos, mandão em mim, e se revisão descontroladamente na tentativa de me enlouquecer, e conseguem...
Se eu fosse dona do mundo, dona do tempo, certamente seria uma bagunça. Muita gente me odiaria, e com motivo. Se meus pensamentos são assim, como cuidar de um mundo inteiro? Seria bem bagunçado, limitado, seria meu e só!
Se fosse meu o mundo, alguns dias durariam para sempre, que importa se não vou viver outros melhores?! Aqueles dias me bastariam, aquelas horas, aquele ar, aquela graça que só existia ali e em nenhum outro lugar. Se eu pudesse viveria de lembranças, desses dias de esquecimento, onde nada importa! Ah se fosse meu o mundo....

Esses dias

Isso realmente me faz bem.
Como se o mundo sorrisse pra mim o tempo todo, e mesmo assim, tudo isso não importa. O que importa eu guardo comigo, no mais profundo, estão aquelas poucas coisas importantes. Mas quando acaba, sempre que acaba. Eu caio de novo, e naquele fundo que guarda tudo, é como se não tivesse nada, e as coisas que estão lá, as poucas importantes, acabam piorando o impacto, machucando quando deveria amortecer. Ai odeio os finais.

domingo, 18 de abril de 2010


- Isso passa, se não passar dá-se um jeito!
Assim espero.

sábado, 17 de abril de 2010

Futuro


Parada, caída e coberta,
Tento ver um alem no desespero.
Vi da janela que ali entre aberta.
As consequencias de pouco tempero,
Entre todas das poucas a descoberta.
Em quanto cavo devagar e certeiro.
Um sorriso, que me tome a janela aberta.
Repeti varias vezes, as intenções mais óbvias.
Por lágrimas, por calos, por medos.
Cai em tentações sombrias.
Mordi varias vezes meus dedos,
Tentei prolongar meu tempo.
A falta dele reforça meu laço,
Este se afasta um momento.
Realça minha vida, lhe arranca um pedaço.
Me toma tudo que foi e vai ser,
Amarra meus medos em suas linhas de aço.
E assim permaneço como em primeiro momento.
Parada, caída e coberta.

Mais
Nem perdição, nem firmamento. Nem julgamento, nem redenção. Nem emoção, nem pensamento. Nem desalento, nem salvação! ~ ♪






Cobra de Vidro, Banzé
Quando na mão das pessoas certas, palavras certas. O nada fica tão cheio de coisas que chego a não acreditar no nome!

Amor?

Eu queria mais, mais do que ter certeza. Queria saber acreditar que ele me vê de um jeito único, como ele diz. Quando ele diz. Parar de fingir que não intendo, ou perguntar logo se estou intendendo certo, tudo, ou não é nada alem de fantasia. Como eu queria, esquecer que oque o atrai é minha tristeza, ou o fato deu falar sem pensar, sem parar, sem sentido. Ah, se fosse meu o mundo!
Desenharia ele ao meu lado, do jeito que eu o vejo, só as palavras, só a companhia, só o esquecimento e inquietude. E então não vou odiar os finais, e me concentrar no decorrer. Só consigo prestar atenção nele!

Mesmo assim

Talvez seja falta de delírio,delírios saldáveis que te fazem acreditar que sim, mesmo sabendo que não! As vezes é preciso...
Deu vontade de reunir tudo que sinto, colocar em algum lugar a mostra... Ninguém liga, ninguém sabe mas dói. Hoje eu queria gritar! Mas me contento com barulho! Lá vou eu me esconder no barulho. Consegui me concentrar, foi mais difícil esses dias, escrever era impocivel sem isso. E em dias como esse, com essa confusão de ideias, escrever é oque me resta e faz sorrir. Mesmo eu só falando de coisas tristes.
O nome daquilo é esperança, aquela mentira benigna que damos à nós mesmos, é um presente inocente, precioso. As vezes falta, como hoje. Faço isso comigo, digo que um dia vou conseguir escrever sobre as coisas que me fazem sorrir, e que mesmo meu bem estar dependendo disso, se torne uma coisa boa.

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Há dias, que tudo irrita! Hoje. Tanta coisa sem importância, para que!? Vejo tanto excesso em tudo, a falta, acaba sendo a coisa mais irritante de todo o dia. Até os dias são em excesso.

“ Me de um impulso que eu pulo, mas antes amarre a pedra! Se desperdição tanto entulho, não faz mal fazer uma boa ação, não é verdade?! Se achar a pedra muito grande, amarre duas menores. Sim. Eu mereço, não mereço?! Se perguntão todos os dias se já fizeram, eu afirmo.
- Atirei pedra na cruz!
A cruz deve ser tão verdadeira quanto minhas outras incarnações, pois essas sim, eram uma coisa do Demônio! Como sei? Não preciso saber, já atirei a pedra mesmo, amarra logo! Quando eu fizer o sinal empurra, mas com força. Vai que eu mudo de ideia, desespero! Medo deque a pedra volte. “
Como se a vida fosse ao contrario, talvez eu tenha que aprender a morrer antes de ser imortal... ♪♫
Talvez eu tenha que ser toda lagrima antes de sorrir com o corpo todo, ou apenas tirar da total evidencia os detalhes maldosos, e então andar despercebida, entre as coisas boas da vida.
Assim não preciso caçar os dentes, um a um, tentar compor um sorriso inteiro. Um dia vou encontrar no supermercado, evolução!
Ninguém vai devolver sua vida quando perceber que deixou tudo pra trás. ~ ♪




Mais Um Café Gelado Por Favor,Dance of Days

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Hoje eu decidi muita coisa, muita mesmo, minhas decisões são confusas. Como se pensar eternamente fosse mais fácil que decidir alguma coisa, tanta coisa... A maior das decisões, talvez a mais simples mas a maior.
O modo como eu mudo de ideia a cada minuto, talvez dificulte ainda mais essas mudanças a cada decisão. Mesmo sabendo que corro o risco de voltar ao ponto inicial, uma de minhas decisões de hoje, foi aprender a conviver com os riscos. Mas não foi essa a maior delas.

Nunca fui muito extrovertida!

1, 2, 3

Revejo as senas como se deixasse escapar algum detalhe, faço de tudo para que isso não aconteça, mas acaba sendo inevitável. Tudo que vem de mim, tudo sem exação, merece mais atenção do que dedico! E sempre quando lembro disso, revejo e encontro aquelas coisinhas que antes invisíveis, gritão mais que o conjunto inteiro! Como se eu inventasse mais coisas do que realmente tem, acrescentasse cacos e navalhas onde antes havia apenas vento, poeira.
É frustrante, irritante, insuportável. O cuidado que tenho que ter comigo mesma, quando minha vontade é de comer veneno! É desolador tudo que tem em volta, dês da consciência, medo, apego, até a hora que minha respiração aumenta, faz uma pausa, e acelera como se apostasse corrida com meu cérebro pra ver quem chega mais rápido, a solução ou o ar... E acabo não decidindo a quem favorecer! Talvez se existisse uma terceira opção!?

E sopra !





A intenção... Ser simples, sincera, sem fingir nada. Escrever do jeitinho que penso, sem interpretar os pensamentos, sem significados só e mais nada, a não ser o que estiver aqui.
Tudo que estiver alem, não vem de mim.
Um lugar de crescimento!

Diário, e com trilha sonora.

segunda-feira, 12 de abril de 2010


Já desejei ardentemente ser única no mundo, com todas as forças, como se uma fada voltasse a vida com a ninha vontade. Pra mim, era muito melhor pensar que só eu queria um lugarzinho confortável, com um jardim maior que a casa, e borboletas de todas as cores.
Se encontrasse, não me sentiria mal em não querer dividir com ninguém.

- Aquela nuvem parece um monte de fumaça...

domingo, 11 de abril de 2010

Assovio


Quis fazer uma homenagem às crianças vomitadas, que erraram em ouvir os sussurros maldosos, que lhe jogavam dês do nascimento, dizendo que o barco ia afundar, e que mesmo sabendo que sim, deveriam acreditar que não!
Dedico aquela melodia, que não sei o nome nem como se canta! As crianças com olhares tristes, que foram mastigadas, engolidas e vomitadas! Enquanto ouviam por todos os lados que não fariam bem a ninguém, e mesmo sabendo que não, deveriam acreditar que sim.
Ofereço palavras de conforto, as crianças afundadas, que cansaram de ouvir o sim e não, e pularam do barquinho antes que afundasse, na esperança de boiarem e em fim provassem o contrario as outras crianças, que sempre ouviram, mas nunca viram quem disse.
Lembro sempre dessas crianças, sempre que vou buscar madeira, estudar possibilidades, e volto a construir o barco fechado, forte.
Para que, por mais sussurrado que seja o nascimento, mas mastigadas que sejam as crianças, aquelas palavras não entrem, nenhum som prejudicial ultrapasse as forte paredes do barco. E enquanto construo, desejo que o mundo não vomite mais crianças, desejo que se cale, todo e qualquer som prejudicial àquelas crianças. Que foram julgadas, antes, durante e depois, mesmo sem saber o pra que do julgamento.
Assim quando eu terminar o barco, ele não vai passar de lembrança, e em fim vou ser capaz de acertar a melodia e ensinar as crianças.

sábado, 10 de abril de 2010


Tenho uma facilidade tão grande em escrever, comparando com o resto, é a coisa mais simples do mundo. Todas as outras me parecem tão difíceis, dês de atravessar a rua , até apontar um lápis ou prestar atenção nas coisas.
Não consigo lembrar oque me restava antes deu começar a me apegar pela escrita, e agora não sei oque me resta também. Sempre quis ser advogada, pra mim era como ser uma super-heroína, agora não acho grande coisa, sempre soube que não era capas disso. Talvez eu volte a desenhar roupas, como quando eu era criança e acabava com as folhas do meu pai. Fazia roupas pras bonecas, organizava desfiles milionários.
Provavelmente vou gastar um bom tempo no ensino médio, presa entre minha ausência e o mal estar. Sempre me senti mal dentro da sala de aula. Escola pra mim é sinônimo de tortura, não me lembra de ter aprendido muita coisa na escola, aprendi pouco, sei pouco, muito pouco. Mas o pouco que se aprendi em outros lugares, sozinha ou observando os outros... Sem prestar muita atenção.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

É tranquilo


Esses dias fui entregue a preguiça, esse frio cruel, faz lembrar que ainda não é inverno, mas esta frio como se foce. Fiquei eu embaixo das cobertas, parada, caída, pensando, tanta coisa pra se pensar. Tanta dor de cabeça, fico com dores só de lembrar de tudo que jogo no canto, tudo que lamento na esperança de esquecer. Eu até gosto do frio, mais do que gosto do calor, no calor o sol é desnecessário e pra mim não tem nada pior que alguma coisa ser desperdiçada, jogada fora. No frio o sol fica mais vivo, ele aquece.
Como doem mais os suspiros com esse vento gelado! O ar todo fica gelado, como se você só pudesse se sentir bem dormindo. Tudo que era incomodo fica ainda mais insuportável e o resto das coisas, ficam características. Tanto as boas quanto as ruins, o frio equilibra isso e nada transborda, nada sobra, tudo que esta lá é necessário, mesmo ainda faltando muita coisa , sempre falta. É como se o mundo estivesse parado, e se pode atrasar a respiração, prender o ar por alguns segundos, e ter a sensação de que acabou, de que finalmente acabou!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ainda desejo um mundo parado, não apenas meu, mas absoluto.
Um mundo que não se abale as mudanças, um mundo neutro, imóvel, vazio. Que por mas forte se sejam os desejos, mais numerosos os conselhos, por mais violento que seja o vento. Tudo permaneça intacto e sereno. Parado, como nas fotografias.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vem me buscar daqui, vem me fazer sorrir, vem me levar pra longe. Que só tua paz pode tomar minhas mãos e me tirar do escuro, pois nem imagino quanto se passou, desde que deixei de contar os muros e não sei se sigo ou desisto... E grito só entre os surdos. ~♪






Quando O Veneno Sobe A Lança, Dance of Days

.-. II

Poderia pular esse dia, queria pular esse dia!
Eu gosto de aniversários, muito, mas não vejo motivo pra comemorar o meu, ele sempre acaba em dor de cabeça. Trocaria tudo isso por um dia de silencio, sem ouvir a voz de ninguém, sem barulho, sem palavras, nem falsos votos de felicidade. Sem que me lembrem que estou perdida, sozinha, e que só a salvação não basta! Eu quero mais, muito mas que uma vida tranquila ou silenciosa, muito mas que uma vida feliz! Quero parar de lembrar todas as vezes que sorrio, dos motivos que tenho pra chorar e que não seja vista como estupida por isso, que não dissessem aos sete cantos que não passa de puro mimo!
Era tão bom quando tudo se resumia a " um ou outro", talvez se fosse esse tantinho mais simples, sem precisar de muito tempo pra intender, se tivesse passado menos tempo tentando me intender, ficar confusa não seria mais preciso...
Ainda tenho 10 dias pra imaginar a cena, milhões de possibilidades, ações e reações, quase tanto quanto o numero de lágimas que desperdiço a cada noite que imagino tudo isso, pra chegar no dia e dizer que já sabia, e me questionar o por que, deu ter ficado em casa!
Até esse dia passar, minha vida vai girar em torno disso...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quanto tempo eu posso demorar pra perceber um erro sem ser burra?

.-. I

Faltam 11 dias exatamente! Odeio números quando desse jeito, 16 de abril minha sentença, é quando tento mudar tudo ao meu redor, toda uma vida, esperando que o próximo 16 de abril seja como o esperado. Esperando que os olhares mudem. Meu aniversario consiste no seguinte: sempre cai em dia de semana, por tanto sempre estou na escola, um professor simpático canta parabéns, eu rio com vontade de chorar, algumas pessoas me olham por um instante e dizem " parabéns!", mas na verdade não ligam. Eu não ligo também.
Meu aniversario sempre parece o final de um livro, o pior que se possa imaginar, como se eu mesma tivesse escrito, oque o torna pior ainda. Nada do que eu faço fica bom, não o tanto quanto eu esperava. O melhor do dia acaba sendo o bolo, enquanto as pessoas mastigam, meu pai não faz um discurso melancólico que mais me ofende que alivia, minha mãe não fala nada que possa ferir e meus irmãos por um instante não me olham com aquela cara tipica de " oque ela ta fazendo aqui?! ", estão ocupados comendo bolo.
Prometi que faria uma retrospectiva da minha vida todo 16 de abril, acabo deixando pro ano seguinte, pro próximo 16 de abril, oque não faz diferença já que todo ano é igualmente dramático e fingido! Poderia resumi-los, todos os 16, futuros 17, em apenas uma linha dramática e fingida.

Isso melhora minha ansiedade!
" Então surgiu a luz... e com ela a sombra.
Surgiu a dor... e com ela o alívio.
Para cada sensação, uma de igual valor e força em forma inversa.
E, em meio a isso, também surgiu a corda bamba e o trapézio.
E é aqui que se enxerga a equação em que todos estamos dispostos.
Alguns estão na ponta da vara onde há dor e sombras.
Outros na outra com a luz e o alívio.
E outros se equilibram... e são odiados por aqueles que estão em qualquer uma das pontas.

Para os que se equilibram a virtude é a sabedoria.
Para os que são equilibrados, a fatalidade é a fé.
E, para aqueles que conseguem enxergar a roupa nova do imperador, viver na corda bamba, em qualquer parte da equação, não faz realmente a mínima diferença. "

Nenê Áltro, Os Funerais do Coelho Branco

sábado, 3 de abril de 2010

Conto: Pontinhos Brilhantes II

Eu vou, mas minha mente fica
No momento do show, não era possível se ouvir nada alem das musicas, e era essa a intenção. Por isso os dois não conseguiram ouvir nada um do outro alem dos nomes.
- QUAL É SEU NOME? Disse ele, sem poder ouvir nem a própria voz, e acreditando ter dito uma palavra errada.
Ela só conseguiu ouvir " nome " e como era boa em fragmentos, disse em alto e doce som, perto do ouvido do rapas.
- ANDREIA! Acompanhado de um sorriso tímido, quase proposital.
- O MEU É LEVI, E VOCÊ É PERFEITA!
Ela sorriu novamente, e arrastou ele pra mais perto do palco, para que pudesse ouvir menos ainda. Chegaram o mais perto que conseguiram, dançaram, pularam, gritaram e se perderam nos braços um do outro.
Quando ela voltou pra casa no meio da madrugada, foi para o quarto em silencio para que seus pais não percebessem que sua presença pela casa, naquele horário se percebessem, não pensariam duas vezes antes e deixa-la de castigo por semanas, o que nunca a impediu de chegar tarde. Se jogou na cama e ficou lá, olhando pra cima, sonhando por alguns minutos, pensando; " de onde foi que ele veio, quem mandou ele e por que me faz tão feliz?!". Fechou os olhos, sorriu sozinha por mais um tempo e adormeceu.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Hoje, mais um dia em que pensei ser predestinada!
Tenho que aprender a separar realidade e ficção...

Conto: Tudo que eu fui quando cresci I

Uma bêbada que pensa?!

Hoje o álcool não fez o efeito esperado, e acho graça nesse fato. Não recebo noticias da minha vida faz anos, tudo dura sempre o mesmo tempo, mesma contagem. Quatro paredes, não 16 paredes, dezesseis sujas e velhas paredes, 19 anos, tudo que preciso pra continuar envelhecendo. Comida, roupa limpa, quando limpo, cigarro e bebida...

- Aquele velho me enganou, velho maldito, me vendeu caldo de cana dizendo que era álcool, isso não é álcool!
Olho pra cima e percebo que estou tão bêbada que nem me reconheço no espelho.
- Hahahahaah, criatura patética, nada faz sentido enquanto não tenho sentidos.
Coisas tão simples são as mais difíceis pra pessoas como eu, pessoas... Pessoas? Pessoas não são pessoas, pessoas não são humanas, nunca foram, pessoas sempre foram pessoas!


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Ruas, são só ruas


Eu trabalho no Douceur Bar's, se é que posso dizer que foço isso, sou stripper nesse lugar que é mais podre que a casa onde moro. Se pudesse explodiria aquele lugar, de preferencia comigo dentro, eu e o sujo do meu chefe, cafetão barato, broxa desgraçado, pensa que eu sou a mãe dele! Não sou prostituta, oque foço é arte, sei de pessoas mais bonitas que eu, que não alcançam metade do meu nível de sedução. Motivo de orgulho? Acho que não.
Quando mais nova, dizia que mulheres não são apenas um “pedaço de carne”, e hoje com 19 anos, sem muita diferença daquela época, ganho a vida fazendo com que pensem exatamente isso... Inteligencia? Cuidado quando for dar a resposta!
Moro com uma drogada, os pais não aguentaram os vícios e ameaças, lhe compraram um apartamento, e a jogaram a própria sorte. Não somos amigas, com certeza não é isso que somos, uma não encosta na outra, eu pago as contas e tenho teto e comida, quando compro. E durmo com alguns traficantes de vezem quando.
Os pais dela cuidam do resto, aluguel, gasolina, e eventualmente as drogas da vagabunda. É claro eles não sabem de nada, e eu finjo que acredito. Afinal eles fizeram tudo que podiam por ela, mas acho que a questão é oque não deveriam ter feito. Não pago aluguel e os pais dela não ousam me expulsar daqui. Sabem que se ela esta viva até hoje é porque não a deixei morrer, meu salario é oque poem comida aqui dentro. O dinheiro que eles mandão, adivinha!?
Sorte minha dela se afogar nessas porcarias, se cobrasse aluguel provavelmente estaria usando drogas. É só isso que posso comprar com meu salario de fome, é oque tem de mais barato nas ruas!
E eu já vivi nas ruas...
Ruth é minha amiga, melhor amiga se posso chama-la assim, a vagabunda já me roubou dois namorados mas eu me vinguei. Ela trabalha comigo, a víbora mais experiente daquele lugar, não a mais velha, mas te enganaria fácil se quisesse. Ela me mostrou um brilho tão incomum em seu olhar, acho que seu rebolado apaga todo ele, as vezes parece até que não existe. Ela foi quem me ensinou tudo que sei, e mais algumas coisas, se contasse tudo que aconteceu naquele camarim... Me ensinou a perceber oque eles querem pelo olhar, e mostrar que você tem tudo, mas que não vão conseguir tão fácil.