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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Niilismo não me engole, hoje não, me deixa sonhar, me deixa sonsa, ter certeza de que vai dar certo. Me deixa acreditar que passa, não me acorda, não me diz a verdade, não me faz procurar a verdade. Me ama, me deixa amar, me deixa acreditar no amor e me perder em ilusões pontiagudas. Niilismo, morre, morre por mim, morre!
Morre pros meus sonhos não morrerem. Alguma coisa tende morrer, é regra, leva essa regra contigo e morre! Hoje é dia de luto, de luta. Alguma coisa morre hoje, e tende ser você. Tende ser essa coisa péssima que me traduz. Não quero ser outra de novo, não quero ser caos, não quero. Então morre, que eu mato, mato minhas certezas, mato minhas duvidas, mato minha linha de pensamento. E flutuo cega sem as coisas que você me faz ver. Eu flutuo iludida e feliz, me deixa pensar que flutuo, me deixa pensar que sou feliz.

Cadeia

Repetir os mesmos erros a vida inteira. Os mesmos erros de criança de uma vida de criança. Eu anseio por problemas diferente, por uma preocupação que me distancie o máximo possível dos erros que cometi repetidamente até agora. E um alivio, ao menos desses erros infantis e simples, alivio pra aguentar a vida. Pra ter esperança. Por que a vida é doer, errar, arranhar e liquefazer. E se não lido com meus erros infantis, se repito e se estou presa em uma infinita e repetitiva sequência de erros, e de dores que nunca crescem, nunca evoluem, é o mesmo que morrer jovem.