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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Delirei - Nove

Não acredito em inferno, não é possível uma eternidade de sofrimento. Você pode sim, prender bilhões de pessoas num lugar escuro; causar dores inimagináveis. Arrancar partes invisíveis da alma, torturar a dor da tortura e a esperança da dor. Mas as pessoas se acostumam, se acostumam com qualquer coisa, se adaptam a vida inteira. Depois de um ano ou dois é rotina, é parte de quem você é.
Acostumar-se é da natureza humana; você começa se acostumando com a natureza, depois com a humanidade. E se te tirarem a morte, qualquer um pode ser invencível, de tanto se adaptar.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Semáforo

Eu vi, minha carne esmagada no chão, vi meus ossos abertos, meus tendões a mostra. Vi meu sangue tomar a avenida, meus dentes espalhados entre os pneus. Meu coração jorrando líquidos, meu cranio perdido entre os carros:
Vi cicatrizar, toda e qualquer abertura, costurei pelo meio-fio.
Mas o sangue, que inundou a rua, continua correndo em minhas veias.
Ainda posso sentir o asfalto, ainda sinto o cheiro da borracha, ainda espero abrir o farol. A vida inteira.

Visão Periférica

As coisas morrem, todo os dias, o tempo inteiro. Coisas nascem também, toda hora, nem sempre é facil perceber a vida. Mas a morte é sempre escancarada, é sempre visível de algum angulo.
 Existem nascimentos invisíveis, ocultos, que só quem nasce sabe do milagre. Só quem acontece, sabe da magica de existir de repente. Esses nascimentos são na maioria privados, ninguém viu, ninguém vai ver crescer, só quem nasceu. Mas as coisas morrem, até as coisas invisíveis morrem. Todo mundo vê quando ocorre. As vezes é assustador ver, uma coisa você nem sabia que existia, morrer. As vezes eu só percebo certas coisas, depois de mortas!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Delirei - Sete

Quando quero mentir eu minto, quando eu quero falar a verdade eu falo!
Sofro as consequências mas não me escondo, nem relevo "meios". E ai de quem, pensa que me conhece em cinco minutos, duas horas, quatro semanas. Não me resumo em meia convivência, não me determina meia impressão.
Quando eu quero mentir eu minto, quando eu quero falar a verdade eu falo!
Tudo que tem de pequeno em mim, é inteiro, corajoso e escancarado, de grande também.
Meio insulto pra mim, não merece nem meia magoa.
Meia covardia, não me aflora meia revolta.

Se um dia tiver de ser covarde, vai ser ao todo também, covarde até os ossos.
Já um pedaço de critica, não chega a metade do caminho.
O que vem em "meio" não me atinge, hahaha.
Não recebo indiretas, não transbordo meias revoltas, não interpreto meios termos.
Mas me incomoda muito, inteira, uma meia tentativa de dizer que estou "alguma coisa", com base em algum meio conceito. Se meia conclusão te basta, ao menos diga as coisas por inteiro, diga completamente!

Sou hipócrita, hipócrita até os ossos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

- Se você praticar com muita dedicação, vai ficar perfeito.
- Quero ser você quando eu crescer.
- Então levante a pratique, até você sumir, você é tão linda, mas tende sumir.
- Não posso ficar aqui com você? Não gosto de ficar sozinha!
- Você nunca vai estar sozinha meu amor, eu nunca vou deixar de ser você, acho que isso é até impossível; besteira da sua cabeça. Continue praticando, um dia você vai estar perfeita. Vai ter o sorriso mas lindo do mundo!
- Mas qual é o preço? Você me disse aquele dia, que tudo tem um preço, ainda mais as coisas boas.
- O preço e você deixar de existir, meu amor.
- Deixar de existir doí?
- Doí aos poucos.
- Não quero sentir dor...
- Isso não depende de mim, infelizmente.
- Posso ficar com você, até sumir?
- Só se prometer que vai praticar...
- Mas eu não quero ficar sozinha, e não quero te deixar sozinha.
- Você nunca vai estar, meu amor, eu nunca vou estar. Nunca deixei de ser você, sempre teremos uma a outra, pratique.
- Quando era pequena, o você que queria ser? O que pensou que seria hoje?
- Não tinha ideia de que duraria tanto tempo, nem que você estaria aqui, pensei que nem chegaria a ser eu, mas fui e deveria ter praticado. Pratique.
- Onde você vai estar quando eu crescer?
- Aqui também, eu acho, nunca deixei de ser você.
- Onde eu vou estar quando eu crescer?
- Onde você quer estar, quando crescer?
- Em qual quer lugar, menos aqui.
- Pois então pratique, não quero te dar mas noticias...
- Porque não praticou seu sorriso?
- Pensei que estaria em outro lugar, e que não ia precisar.
- Precisou?
- Sim.
- Eu vou precisar?
- Vai.
- Me ajuda a praticar?
- Só se você prometer que vai sumir...
- Eu prometo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Delirei - Cinco

Prestes a cometer meu erro mais inimigo. Aquele que eu cometi a vida quase toda, basicamente sou eu; deixar de dizer as coisas, com medo das pessoas entenderem errado... Dai então: foda-se. A responsabilidade não é minha, segura o teu B.O, quem pariu Mateus que o embale.  Não vou prometer nada dessa vez. Mas quero deixar registrado, que o ar que você respira é problema seu. E eu, não vou mais me justificar pelos erros alheios de interpretação. Sem isolamentos, só uma insatisfação permanente e alheia; que não me pertence. Deixar de dizer nunca esclareceu nada. rs
Então vou falar, e você que se vire com o que conseguir processar.
Sou complicada de mais, pra acharem que olhos muito mal treinados, possam ler minha mente. Pior ainda, pensar que meus pensamentos transbordam à minha pele. Pensamentos não são imagens, não são letras. Meus pensamentos então?! São uma coisa espeça, lodosa, empedrada. Estão longe de qualquer coisa que você possa imaginar. E se for pra eu ser alguma coisa, sou o que eu penso e que posso decidir se mostro ou não. De resto se vira!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Rainha do Drama, Segurança Nacional.

Não posso me cansar de esconderijos. Se eu me cansar eu abandono e se eu abandonar fico exposta , fico vulnerável.
Já fiz sacrifícios tremendos pra me manter onde estou , não quero que meus encobrimentos sejam sacrificados também,  esses que sempre me foram tão leais. Nos dias mais difíceis, as mentiras pequenas que basificam minha permanência no comando. E sem esse comando, não posso dizer que sou dona do que faço, do que penso. Assim, se mais algum revoltoso viesse à tona, minhas defesas estariam neutralizadas, o meu fim.
Prolongo as pernas das minhas mentiras, só minto quando tenho que falar a verdade, dai substituo por alguma historia das minhas, falsas. Mas mantenho as verdadeiras em segurança; num caso de emergência extrema, verdades ajudam a ganhar tempo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

E se um dia me veres chorando
Partindo de dor
Como uma pobre coisa desgraçada
Como uma triste flor esmigalhada entre seus dedos
Meu amor, não enxugues o meu pranto:
Ri, ri teu sorriso de ouro!
Sacode tua vida como um guizo sobre a minha
E então deixe-me só
Fingindo que é de alegria que eu estou chorando


Filipe Catto,  Ascendente em câncer.

domingo, 11 de novembro de 2012

Bigorna

A tristeza é o sentimento mais persistente que eu conheci, admiro sua determinação. Nunca me deixou completamente.
Casaria com qualquer olhar triste, qualquer sorriso conformado; eles sempre voltam pra mim.
Tal o romantismo da tristeza, que qualquer palavra moribunda, me faria a mulher mais sortuda do mundo. O sentimento mais honrado que eu conheci, sempre me foi plena a tristeza. Sempre tira o melhor de mim e cumpre o prometido. Não tem decepção na melancolia, você espera paralisia, e é oque ela da. Sem pedir nada em troca.
Me arrancou os mais lindos sorrisos que me lembro. Nunca houve tristeza que não me obrigasse a sorrir, se não sorrir eu morro.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Saint-tropez

Era um garoto de sorriso fácil, era a coisa mais valiosa que ele tinha à oferecer. Com seus segredos, suas restrições, sorria com a maior espontaneidade do mundo. Uma conversa bem rasa; nome, outro segredo, e um outro sorriso largo. Como se tivesse nascido pra sorrir.
Olhares rodeavam os dois garotos, cruzar as pernas, descruzar as pernas. Como se estivessem alheios ao resto do grupo. Assumindo a obrigação de ter um mundo privado. Como se comunicassem com sorrisos. Uma conversa difícil e um sorriso fácil. Uma resposta tímida, escondida, palavras curtas e sorriso largos. Um piscar de olhos lento, sonolento e sedutor. Vira a cabeça pra um lado, pro outro. E mais sorriso, mais segredos, mais olhares. Um beijo, outras noites.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Pelicula

E agora?
Limitar a informação. Tenho que me proteger.
Ele só quer descobrir quem sou, pra saber as armas que vai usar.
Logo eu, que gosto de falar de mim e não suporto barrar palavras. Nunca soube filtrar as intenções. Logo eu, que fui eu a vida inteira. Desde que descobri quem eu era.
Eu fui quem eu descobri.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Rainha do Drama, Serviço Secreto

Há tantos pensamentos em mim e estava doendo tanto.
 Como um corpo estranho; expulsei, exorcizei de mim, meu coração. Meu coração ficou doente. Não aguentou meus segredos, minhas repressões e tudo desconsolo que escondi. Adoeceu, porque não soube ignorar. Ele não foi forte o bastante, não aguentou esquecer e fugir, ele não aguentou mais um não. Ele queria enfrentar! Não me deixou escolha.
- Não se preocupem, mandei um especialista à imprensa, ele vai confirmar a morte natural.-  não foi morte natural.- mandei o especialista dizer, eles não vão contestar o especialista.

Ele tentou me destruir, meu coração, meus sentimentos me traíram. Tentei calar, e eles me traíram. Se rebelaram contra mim. Escorreram pelo rosto. Por isso quis expurgar meu coração. Sem direito a exílio. Expulsar desse mundo onde não tem lugar pra ele. Meu mundo não tem lugar pra ele!
 Não tem lugar pra mais nada alem de mim, nada alem dos meus segredos e minhas repressões. Tenho sempre tanta transformação, tantas coisinhas pequenas crescendo. Não tem lugar pra ele! Foi duro saber disso desde cedo. Coração é um lugar tão espaçoso; se deixasse lugar vago, se encheria de medo, nada em mim merece medo. Então reprimi tudo que havia pra se preencher; qualquer coisa que pudesse virar medo. Pelo bem de tudo que há em mim. Não me arrependo, pois se continuasse com o coração, mesmo preso, acorrentado. Ele viraria medo eu sinto; tudo em mim clama por medo, seria o fim do meu império. Não tive escolha, não tive escolha, não tenho escolha, não tenho medo...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Entre estações

E eu me cansando de coisas que nem sei se estavam lá. Sendo ferida por forças invisíveis. Dividindo meu coração por zero.

Queria uma briza agora, uma briza no meio do quarto. Um outono em plena primavera.
Nunca tive primavera nem flor, jamais esverdeei um caule. E o inverno é só um pedaço de chão frio contra um corpo quente. Depois vem os copos d'água, seguidos de uma onda de calor que vem de algum norte. Choques térmicos e chuvas de verão, entre os dois; sem muito porque lamentar.

domingo, 30 de setembro de 2012

Não me recomendo.

Inventora de empecilhos, cultivadora de magoas, não me recomendo nem ao meu pior inimigo. Não me confio sozinha nos pensamentos de ninguém, não me suporto a noite, nem dia, nem no fim dos tempos. Eu acabaria com todo tempo que visse pela frente, todo. Toda hora que enfrentasse, acabaria de uma vez. Todo pensamento sombrio eu alimentaria, com carne crua, sem chances de defesa, e o pobre pensamento, envenenado, pereceria também em minhas mãos pessimistas. De quem não desenvolve nada, se enxergar a minima chance de dar errado, se estiver cercados de erros. Quando há, uma minima, diminuta, chance de ser desperdiçado, o tempo que eu poderia derrotar. 

sábado, 1 de setembro de 2012

Joga-se sentimentos no ar, uma brisa refresca o rosto. E o primeiro pensamento, é de que o vento retribuio seu sentimento.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Coleção

Eu tenho medo de escrever seu nome e isso se tornar real. Medo de te nomear errado e depois de um tempo tudo parecer tão obvio, tão ilusório, que a queda vai ser o melhor da viagem. Misturar as coisas é perigoso. Você só vai existir plenamente, se eu admitir que é verdade, tudo isso que sempre tenho na minha cabeça. Como aqueles truques de magica, com todo aquele brilho e fantasia circense, tiradas de um potinho de purpurina. E eu, sonhadora feita de '"se fosse verdade?" cega de esperança; acabo inventando alguem que não existe. Juntando com as outras coisas, alguem que vai acabar com meus sonhos, e só eu vou sofrer calada. Sozinha, porque você nunca me deu sinal nenhum, não fabricou nenhum entendimento. E me manteve essas dores de delírio. Porque assim eu desejei, assim eu fabriquei pra mim, em escala industrial. Não deixei desejo algum, vazar do meu olhar. Não permiti impregnar nenhum de nós dois, fingindo que não me convenço a te querer, depois nego que te quero. Em quanto isso, vou te colocar no fictício; e era uma vez; e se foram as chances, e ficaram os botões em pedaços...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Eu só queria livrar-me do mal
Dar um salto entre o laço e o anzol
Dar a cara a tapa e sorrir
Retomar o que não conclui
Quem se esconde não sabe seu fim
O horizonte começa em mim.


Toda essa confusão, Ludov

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Delirei- Dois

Cansei, não quero mais, me desligue desse impulso mórbido, de abandonar meus sonhos. De trocar o sofrimento pelo desconforto; mastigar terra para não sentir cheiro de estrume. O mundo esta podre, e por mais que me esconda, que eu evite; os vermes rastejam por de baixo da porta. Vai chegar a hora; o chão vai estar coberto, eu descalça, o céu negro. E meu presente ainda medo, as coisas estão vivas eu: medo. Cega, não vou sequer saber o que perdi. Cansei, nem que eu tenha que mastigar os vermes,deixar a terra; as cores vão mudar, os medos vão mudar. O tempo vai mudar: seja com sangue, com tinta ou com ar, eu vou mudar o tempo!

sábado, 26 de maio de 2012

Delirei - Um

O que me impota a hora? O que me importa o dia? O que me importam os anos?! O tempo não se importa não! Nunca segurei a mão do tempo, nunca, não recebi amparo do relógio. Muito menos do calendário, ou dos programas de sábado a noite. O tempo nunca foi bom comigo e foda-se "o tempo é o melhor remédio" e "deixe o tempo passar". Se fosse possível, manteria o desgraçado numa jaula, sem agua, sem luz do sol. Então ele mesmo descobre se é  boa companhia.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Por isso não ocupo minha mente, ela ocupada é tão triste, é tão magoada, tão nostálgica. Trabalho mental é subjetivo de mais pra envolver ciência, e ciência enche de mais a cabeça, desgasta os neurónios de tal forma, que quando você vê, esta tudo separado em grupos, em ordem alfabética. Mas não chega nem aos pés, de não saber do que esta falando. As vezes tenho a impressão, de que sei de um monte de coisas, só não sei o nome, o grupo onde essas tais se encaixariam, e para que servem. O que complica muito as coisa de forma geral.( tanto as que eu tenho a impressão de saber, quanto as que eu não faço ideia de como se poderia ter conhecimento; vamos encarar como fatos). Nunca soube como se esvazia uma mente, como é uma mente vazia afinal. Se você parar pra pensar, vazias são as ocupações, vazias...

sábado, 31 de março de 2012

Alguem tem um cigarro?

As coisas estão mortas; as plantas, os vasos, a terra. Esta desaparecendo, junto comigo, junto com os últimos 4 meses, nos últimos 3 anos as coisas morreram. E eu também morri, a magia morreu, a fantasia morreu. Os sonhos morreram e eu não vivo mais.

terça-feira, 13 de março de 2012

Quase não gastei papel. I

Seis dias seguidos olhando pro teto, com pausas de dose em dose horas, mas foram 6 dias ao todo. Não consegui parar de pensar naquilo e os pontos ao redor se desfocavam se passava muito tempo olhando, era um risco que estava disposto a correr, era mais tranquilo ali.
Rodolfo levanta da cama, a mãe preparando a bandeja de café da manhã, e ele se levanta, depois de seis dias olhando pro teto. São um, dois, três, treze passos até o box do banheiro. Vira o registro do chuveiro, procura não olhar pra cima, e encarar o bolor incrustado no teto , e começa mais um ritual; fecha o registro, abre o registro, fecha o registro, abre o registo, esta aberto. - Agora é seguro.- volta ao quarto, troca as meias sujas, de seis dias, pelos chinelos de borracha. O chuveiro ainda aberto, o barulho lembra alguma coisa, mais Rodolfo evita pensar nisso.
Abre o lado esquerdo da janela, fecha o vidro direito, abre o lado direito; fecha os dois vidros com trinco e cadeado, vira a chave, uma, duas, três, treze vezes.- Agora é seguro.- e essa é a segunda segurança do dia.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Não me incomoda o fato deu ser fraca. Mas me apavora saber que mesmo se eu aumentar minha resistência a dor, vai doer do mesmo jeito.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Não deveria conviver com inimigos, ainda mais sem rosto. E se ele for agente duplo, me enganaria facinho com um sorriso e um abraço apertado. Calor sempre me confundiu, por isso gosto do inverno, não à lugar mais sincero que em uma avalanche, nada reconfortante. Mas sem possibilidades de subentendimentos.
Ai, que angustia desfigurada, não reconheço. De onde vem um inimigo sem rosto? Como combato um inimigo sem rosto?Pior, o que devo fazer, se vejo o rosto dele em todos os lugares?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Apresentações.

Quando estou só, gosto de pensar que não estou, dai sussurro bem baixinho no escuro;

- Oi. Muito prazer.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Geralmente, eu me perco e afundo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Presente


E são aquelas malditas lágrimas, que descem aos lábios, e salgam o dia inteiro.
Elas, as de vidro, de fragilidade, as que eu não quis. Mas as únicas pistas deu ainda estar viva. Não essa vida que dizem receber quando nascem. Mas outra, que quando há vida, predomina o sal das lagrimas.

A verdade maior é que não me identifico com muita coisa. E tem sido solitário esse esforço que faço, pra me incluir em certos convios, ou em simetrias de pensamento. O pior, é que não são os defeitos que me excluem, são minhas qualidades, me acho boa demais para certos sacrificios...
Busco alguma causa já perdida, quase um terrorismo suicida...






Ludov, Terrorismo Suicida.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Admitir que há algo errado, é o primeiro passo não é?

sábado, 21 de janeiro de 2012

A felicidade não é passageira, são as angustias que serpenteiam pela alma, as vezes fazendo você esquecer que a alegria esta ali. E existem até, pessoas que nunca param de estar tristes, só deixam para mais tarde.
Qual a dificuldade em entender, que magoas, nunca ajudaram ninguém!?

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quando penso no futuro, não me imagino fazendo coisas, nem vivendo aventuras. Chega a ser nostálgico, pensar no futuro; tudo que eu imagino ver lá, é o que eu gostaria de ver aqui, num mundo diferente, sem utensílios futuristas . Parada, numa fotografia em preto e branco, as vezes eu estou sorrindo, as vezes eu estou seria. Sabendo que tenho 9 bilhões de vidas diferentes, em mais de 150 países.
Queria saber; de onde vem essa minha facilidade em criar angustias?
Sei que o único jeito, de lidar com meus problemas, é sofrendo até meus ossos implodirem, e meu coração parar de bater.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Transe

A batalha que nos ganhamos.
O amor que nos perdemos.
As magoas,
O giro, o balançar de mãos e cabeça.
O toque,o que toca nas rádios.
O sentimento só nosso.
O conforto universal,
A aceitação, o desprendimento
A alma lavada em dó, fá, lá, ré
A doçura, o fervor da violência.
E o sorriso, ah o seu sorriso...
Uma vez que a imagem se desfaz, se anula, drastifica uma vida. Uma vez que se predestina uma alma, nem o vento é capaz de muda-la apesar de não parar de soprar e ferir.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As vezes sinto saudades dos amores que só tive comigo. Aquelas paixões tão simples, por olhares tristes. E que hoje, com o passar dos dias, e a clareza das ideias; não sou capas de amar ninguém que eu desconheça. Sempre à mercê, dos sussurro malignos da consciência, dizendo que é mentira e que não é meu. Que é só a minha carência, me dizendo que ter alguém na sua cabeça. É melhor que estar sozinha por inteiro.
Pra falar a verdade, comecei a gostar da escrita, quando percebi sua eficácia em ataques de pânico...
Tem sido nostálgico estar aqui, perante sentimentos passados e mensagem trancadas. Codificadas de um modo, que só eu consigo intender o real significado, e as vezes até sinto o cheiro do dia. É como se estivesse ausente a anos, e regressasse de uma viagem longa. Não sei se foi a sensação ruim, ou a insônia da noite passada, que despertou tal sentimento. Mas é aconchegante voltar, e respirar mais leve.

Questiona-me

E o que será de mim?
A serpente leal.
A sombra iluminada.
A ausência companheira.
O que será de nós?
Nós que caídos, chegamos ao auge.
Que de malignos fizemos o bem.
Que reconfortamos, com melancolia, teu sorriso despretensioso.
E que de confusos, mostramos a verdade.
Aquela contradição exemplar, de ser claro e incontestável.
Em dizer a verdade falando mentiras.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012


Eu não sei mais o que fazer com dor nenhuma, com angustia nenhuma; não tem mais espaço na caixinha. Eu enfeitei ela, com retalhos de gestos bonitos e não, não fez muita diferença! A não ser estética; a vida ficou mais bonita.
Mas o espaço não se expandiu, e eu estou aqui apertada, mesmo a vida sendo linda.
Não tem mais espaço pra dor, que já é tanta e que não consegui me livrar. Mas insistem em amarrotar mais coisinhas... Um dia a vida esvazia; o tempo se esparrama em algum dia de verão? O amor é mesmo, bom quanto o que dizem nas musicas, tão bom que quando acaba, continua bonito: Ainda vale a pena guardar?