Eu deitei, cheia de dor no peito,
Cheia de angustia, frustração.
Eu deitei, me cobri, me virei
Minha cabeça, minhas mãos, meus ossos
trêmulos.
As luzes apagadas, eu sussurei:
Isso não é amor.
Meus olhos incharam, me encolhi.
Eu prendi a respiração e mergulhei.
Não caiu uma gota.
É complexo: enjoo, febre, dor, suor.
O oceano, negro e vazio
indiferente.
Seco, completamente seco.
Então a imensidão do espaço me abraçou.
E susurou no meu ouvido:
- Nada sobrevive no vácuo.
Então prendi a respiração e renasci.
Renasci buraco negro.