Páginas

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Supernova

Eu deitei, cheia de dor no peito,
Cheia de angustia, frustração.
Eu deitei, me cobri, me virei
Minha cabeça, minhas mãos, meus ossos
trêmulos.
As luzes apagadas, eu sussurei:
Isso não é amor.
Meus olhos incharam, me encolhi.
Eu prendi a respiração e mergulhei.
Não caiu uma gota.
É complexo: enjoo, febre, dor, suor.
O oceano, negro e vazio
indiferente.
Seco, completamente seco.
Então a imensidão do espaço me abraçou.
E susurou no meu ouvido:
- Nada sobrevive no vácuo.
Então prendi a respiração e renasci.
 Renasci buraco negro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acrescente em mim, mais um pedacinho.