É uma tristeza existencial, do tipo que tenho medo de falar. Do tipo, que não confio a ninguém.
A tempos não é mais seguro.
Não tenho mais esperanças de um dia estar segura, essa inocência eu já perdi.
Talvez por isso que não reaja, talvez por isso, que o que foi bom, já não tenha gosto de nada
E me apego as coisas que estão ao meu redor, toda e qualquer coisa que não escorra pelas mãos, agarro com toda força.
Para não ser sugada, pelo abismo que tenho dentro do peito.Tento colocar esse abismo pra fora.
Muita coisa já foi engolida pelo obscuro em mim, as vezes acho que estou me tornando o obscuro.
Dai a tristeza aumenta. E as vezes me pego pensando, que deveria me deixar levar pela correnteza, que me puxa para as profundezas de mim. Que deveria me assumir sombria. Ser engolida, por todas as sombras nas quais me escondo. E traída por todas as mentiras que conto.
A cada dia que passa, a cada resistência a essa força, tenho a confirmação de que é pra lá que tudo vai. Tento não ser sugada, mas as vezes tenho vontade de pular.
Uma queda livre, sem traumas, sem neuras e talvez sem dor. Talvez o fim.
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