Eu cai aquela hora, na hora em que vi nos olhos da minha mãe, o cansaço e
a busca por consolo, o desgaste. Eu não sinto muita coisa a muito
tempo, quase que cega pra tudo, estática, petrificada. Cai como uma
pedra de um precipício, flutuando no ar, esmagando insetos, cortando o
vento e caindo uma queda livre, sem sentir muita dor. Eu queria dizer
que sinto a sua falta, pensei em duas mil maneiras de dizer isso, de
chamar sua atenção. E agora estou caindo, e a saudade é um fantasma, em
que eu tento me segurar, pra não me espatifar no chão, e me dissipar
como areia.
Já não sinto muita coisa a muito tempo, e sempre que
sinto, é falta de você. Porque você me da esperanças, você me faz sentir
alguma coisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Acrescente em mim, mais um pedacinho.