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domingo, 25 de abril de 2010

Estrada



Parei numa curva cercada
Debaixo da arvore corcunda
Lá permaneci parada, respiração pesada
Como se andasse de domingo a segunda
Achei que se pensasse bastante
O suficiente pra ficar acordada
Quando parada andaria, mesmo que só um instante
Acabei no mesmo lugar jogada
Debaixo da escada aos pedaços
Acredito que fui poupada
Do impacto, feridas, estilhaços
Quando no fim só estava parada
Não vivi nem morri devagar
Só continuei sem nada.

E por mais fácil que pareça estar
Esperando que o tempo envelheça
Entre todos, o maior medo é ficar
Sem que mais nada aconteça

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