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domingo, 28 de março de 2010

Conto: Pontinhos Brilhantes I

Suavidade

Andreia vivia num lugar estranho, no tipo de lugar que dizem que você tende ser normal, mas não dizem com clareza oque isso significa!
E ela era boa em compreender significados, pegar fragmentos e montar castelos que ali haviam antes...
Um dia foi mais alem, começou a inventar coisas que nem mesmo ela saberia classificar ou decifrar. Debruçou-se na janela olhou a distancia pequena dela para o chão e vicie-verça. Quase voou perante a seus olhos, mexia suas mãos pintadas com um esmalte vibrante, com uma suavidade comum. Como se imitasse o vento, de um lado para o outro, as vezes dava voltas. Atravessava o quarto, derrubava os papeis sobre a mesa e acabava deitada no travesseiro. Ela ria quase que euforicamente da imitação nada fiel a real movimentação do vento, já que o original não tinha o inicio na janela de seu quarto. Assim começou sua aventura, tardia se assim posso chamar.
Naquela tarde fresca, de brisa serena e cheiro de vida, Andreia inventou um alguém novo. Feito de magia, imaginação e do telefonema que recebeu de alguém real.
O nome era Levi, Andreia o conheceu num show da banda predileta, enquanto pulava, dançava e gritava a letra de todas as musicas da banda, foi ai que os olhos dele reluziram mais que os efeitos do show.
Ele dava um sorriso largo, enquanto olhava diretamente pra ela, e se divertia com a exaltação dela enquanto gritava e perdia a voz, em meio aos refrões, batidas fortes e psicodélicas. Quando ela percebeu eles já estavam um do lado do outro dançando e enlouquecendo juntos, e mais rápido ainda se envolvendo em calorosos e doces beijos casuais.
A musica sempre exerceu um efeito agitado nela, sempre que ouvia aquelas musicas que por mais gritadas, pesadas, ou mal feitas, o que muitas delas eram, pra ela, pareciam as coisas mais perfeitas do universo. E o universo seria perfeito se girasse, agisse, e todo e qualquer som que se pudesse ouvir, fossem aquelas musicas. E tudo que acontecia ao som delas, era mais perfeito ainda! Como os suaves beijos de Levi.

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